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{tab=Letra}
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Sou cidadão do mundo, o mundo está em mim O mundo está em todo lugar na minha TV, no microondas, No automóvel, na internet, minha câmera high-tech, Fabricada em Hong Kong, camiseta e celular.
Eu vou bebendo da cultura enlatada, me servindo da comida americana Adaptada com sushi, macarronada, quibe cru e macaxeira Com a genética alterada que vem lá do Ceará.
O programa sensacionalista, A morte transmitida na TV, Tudo acontecendo ao mesmo tempo, Mais do que quero saber. A crise mundial capitalista A epidemia é notícia na TV Tudo acontecendo ao mesmo tempo Mais do que posso saber.
Aldeia global Aldeia global Eu queria morar no Canadá!
Aldeia global Aldeia global A pesquisa diz que é o melhor IDH!
Em ondas incessantes de informações. Torrente de imagens Sons, culturas, etnias e contradições.
A beleza destruída pela força da grana O playground bilionário sob o sol, em Dubai A sangrenta guerra civil na nação africana O arranha-céu vertiginoso erguido em Xangai.
O mundo é rico, o mundo pobre A humanidade, uma aldeia global, Utopia da complexa rede que nos une, Restrita apenas ao campo virtual.
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No ciberespaço sem limites, o mundo está em todo lugar Mas não ultrapasse seu universo, não pode tocar. Finja que interaja e contente-se em apenas olhar.
Estou antenado o que acontece no Tibet, O atentado no Iraque, na favela da Rocinha, Em Madri, em Nova Iorque, o que me diz o ecologista, o pastor E o colunista sobre o mundo acabar Cosmopolita, sou entusiasta, navegando com um clique eu visito O museu do Louvre, Indochina, Filipinas, foto espacial, Guiné-Bissau Pirâmides do Egito, Parthenon e Bagdá.
O programa sensacionalista, A morte transmitida na TV, Tudo acontecendo ao mesmo tempo, Mais do que quero saber.
A crise mundial capitalista A epidemia é notícia na TV Tudo acontecendo ao mesmo tempo Mais do que posso saber.
Aldeia global Aldeia global O mundo está em todo lugar
Aldeia global Aldeia global Contente-se em apenas olhar
Um Skin Red com cabelo crespo Um coreano nascido em Berlin Um indígena palestra na UNESCO Um aborígene lendo em latim
O neo-nazista com cabelo crespo. O australiano made in em Pequim. O cossaco palestrando na UNESCO. O esquimó escreve em mandarim.
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{tab=Artista}
LETRA
ANDERSON LOBO
INTÉRPRETE
ANDERSON LOBO
CIDADE
BELO HORIZONTE-MG
{tab=Data de apresentação}
Sexta-Feira 10/10/2013
12ª Música da noite
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